Buongiorno Principessa
Todos, ou quase todos, temos um filme, uma música, uma série, um livro que nos marca especialmente.
O meu livro favorito li-o há muitos anos, era uma criança acabada de entrar na adolescência. Lembro-me do local onde o li, dos sentimentos que me despertou e das marcas profundas que me deixaria para sempre.
O meu filme favorito não me recordo quando o vi pela primeira vez, nem com quem, nem onde....Foi também há muitos anos, também na adolescência e imagino que o tenha visto numa qualquer tarde de domingo ou talvez num qualquer serão de sexta ou sábado. Talvez o tenha alugado na biblioteca da minha terra ou no clube de vídeo. A única coisa de que me lembro é que eu, logo eu que não deixo transparecer os sentimentos com facilidade, chorei copiosamente. Chorei da primeira vez e de todas as outras vezes em que revi o filme....
Já perdi a conta ao número de vezes em que vi A vida É Bela de Roberto Benigni. Não tenho dúvidas em afirmar que é filme da minha vida. Dos muitos que me marcaram, curiosamente grande parte deles com a temática do holocausto nazi, este é o que liberta com mais facilidade o meu lado humano e sensível.
O Guido não é um galã, não é sequer um homem bonito, não é rico mas é, na minha opinião, o melhor protagonista de sempre. Adoro a história de amor dele com a Dora, mas o amor que ele devota ao filho de ambos é absolutamente enternecedor e ainda mais marcante...
Pode ser apenas ficção mas quantas histórias de amor não terão sido interrompidas durante aquele período negro da história da humanidade? Quando pais não teriam dado de bom grado a vida para salvar os filhos daquela barbárie?
Hoje revi parte do filme, apenas a parte boa, a da história de amor e tomei uma decisão: ir a Arezzo e pisar com os meus próprios pés o cenário do meu filme favorito.
Espero concretizar este sonho...
nocas