Estou muito aborrecida. Zanguei-me hoje com uma pessoa por uma razão que a mim me parece importante mas que eu sei que para a outra pessoa é apenas uma táctica infantil de não assumir a responsabilidade por uma situação que me tem vindo a transtornar bastante.
Infelizmente não posso simplesmente deixar de lidar com esta pessoa embora já não seja por muito tempo.
Que fazer? Não tenho paciência para continuar a aturar isto nem é sequer o meu papel ter de explicar porque o comportamente dessa pessoa não tem sido correcto, mas a verdade é que me sinto mal porque gostava de poder deixar entendida a ideia de que essa pessoa devia ter outra atitude, ser mais profissional. Não me parece que isso vá acontecer mas receio não me aguentar calada e com maturidade adequada no tempo que falta até esta pessoa já não estar comigo.
Acho que meditação não resulta comigo.
Queria simplesmente ser superior a tudo isto, não me deixar afectar, mas é muito difícil...
Hoje foi dia em que eu enviei um email em italiano. Infelizmente eu não sei falar italiano!
A pessoa a quem tive que escrever o email não fala inglês( nem português )pelo que me tentei soltar o Jorge Jesus que existe em mim escrever em italiano.
Não consigo evitar sentir um pouco de vergonha ao imaginar a pobre pessoa a ler a minha resposta cheia de erros gramaticais. Se ela vê a Champions e viu o Jorge Jesus a falar espanhol a semana passada vai certamente pensar que todos os portugueses são uns grandes artistas de circo a falar estrangeiro.
Eu não sei quem é o santo padroeiro dos tradutores mas certamente deu 50 voltas no caixão.
Hoje tive que trazer o carro à oficina, infelizmente a minha oficina de eleição não fica na minha cidade, pelo que tive que faltar ao trabalho durante a manhã.
Sem grande coisa para fazer enquanto espero resolvi sentar -me no jardim, num banco ao sol, saquei do tablet, do hotspot e dois dois telemóveis o profissional e o pessoal e em menos de nada tratei de uma série de assuntos pendentes. Às vezes é muito bom viver no séc XXI!
Pois que ontem, após uma tarde dedicada ao assunto consegui enfiar os bens necessários às minhas férias numa pequena mala de cabine.
Tudo arrumado e organizado! As sandálias de cabedal foram limpas, tratadas e arrumadas, os saquinhos transparentes com os cremes colocados por cima das roupas, os bilhetes já na mochila, máquina fotográfica carregada, assim como a sombrinha pequena e o diário de viagem.
As malas repousam agora no chão do meu quarto, por cima de uma delas estão os ténis Nike que tenciono levar calçados no dia do embarque, o velho casaco verde caqui (dos tempos da universidade ) também está limpo e cheiroso à espera da partida e os guias estão na mesa de cabeceira à espera que os últimos planos sejam revistos.
Há no entanto um senão! Ainda faltam 10 longos dias para a viagem e nem sequer estou de férias ainda. Com que raio me vou entreter estes dias todos para aguentar a expectativa?
A ideia de viajar de mochila às costas é de facto romântica e fascinante, porém nada prática!
Tive recentemente uma experiência de um fim de semana prolongado em que me obriguei a viajar apenas com uma pequena mochila, ora só a máquina fotográfica ocupou metade da mala, tive que enfiar coisas na mochila do meu namorado e quando regressei trazia um saco na mão cheio de tralha.
O desafio que enfrento hoje é ainda mais complexo: estou a fazer as malas para as férias (não deixo estas coisas para a véspera ) e estou resumida a uma bagagem de mão e uma mini mochila para mais de uma semana longe de casa...caramba! Como é complexo escolher o estritamente necessário. .pode estar frio, pode estar calor, preciso levar mais que um par de sapatos....Neste momento já tenho a mala a abarrotar e ainda me falta enfiar algumas camisolas e um par de sandálias .
Acho que este ano não vou trazer recuerdos para ninguém, simplesmente não cabem!
Há realmente coisas que não têm sentido e parece incrível haver pessoas como estas, que supostamente, terão algum nível de instrução e conhecimentos. Mas vai daí, talvez não.