Hoje ao ver a os títulos dos jornais fiquei estupefacta. Não há a mais breve referência à enorme concentração de protesto da CGTP que houve ontem em Lisboa em frente à AR..
Terei sonhado? É que era capaz de jurar que estavam lá milhares de pessoas!
Diz que houve umas referências ontem à noite nos telejornais. Um deles, inclusive, referia-se a "algumas centenas de pessoas" . Hoje é como se nada daquilo tivesse existido....
A manipulação de informação não é só coisa do tempo da "outra senhora". Qual será o próximo passo? Repressão física a quem tem coragem de ir para a rua protestar? Creio que já estivemos mais longe disso...
É uma gaja (que adora comprar roupa para si) entrar numa loja e sair de lá com um saco cheio de roupa para o namorado e unicamente um elástico de cabelo para si....E o namorado nem sequer fazer anos!!! Proud on me!!!
Se há coisa que uma pessoa gosta de ter quando vai a um sitio público, paradoxalmente, é privacidade.
Os outros não têm nada a ver com o que vamos fazer ou porquê ou como, etc.
Eu frequento a minha biblioteca municipal mensalmente. Gosto de lá ir, é pequenina certo, mas tem uma certa quantidade de livros e embora não tenham muitas coisas assim tão recentes, gosto de olhar para os titulos e pensar se vou ler, gosto de ver os livros e os dvd's com atenção. Só que as mesas dos computadores ficam na mesma sala, no meio para ser mais exacta, onde estão as estantes de literatura estrangeira (a que mais vejo, já agora) e é um bocadinho incómodo andar ali à vontade e sentir os olhares de toda a gente enquanto vemos os titulos. Nem é pelo que se lev, ali só há literatura, por isso não há mal nenhum em se escolher o que se quer, só que é um ritual que gosto de fazer sossegada..e nem é como numa livraria com gente à volta, porque quem está no computador não está a escolher livros, é mesmo muito incómodo. Suponho que há quem não se chateie mas a mim, embora não me impeça, retrai-me.
Outro sitio é a recepção do centro de emprego aqui da cidade. Primeiro que tudo, é um sitio que evito ao máximo...seja como for, em 2 anos não me encontraram nada e as poucas coisas que EU encontrei por eles nem sequer dava, por isso...enfim, mas quando lá tenho de ir entregar nem que seja um papel da minha mãe ou de outra pessoa, aquela recepção é o cúmulo da falta de privacidade. A sala de espera é colada à recepção. A senhora da recepção, rainha do seu espaço, observa tudo e todos da sua secretária e assim que cada pessoa se aproxima dela falando baixo para resolver a sua vidinha eis que ela levanta a voz aos céus e expõe ali tudo com clareza. Eu sinto-me mesmo mal com algumas pessoas que estão ali sem grande motivação e desesperadas por subtiliza e encontram aquela pessoa. Ela não é simpática, não é compreensiva e não é subtil, capacidades que acho serem minimas em alguém numa recepção. Ora juntando uma má recepcionista a uma recepção de sala aberta, digamos que ir ao centro de emprego é quase tão mau como...bom, qualquer coisa que seja mau e que queremos mesmo, mesmo evitar.
Se a recepção fosse tipo, ao lado, ou se existisse uma qualquer espécie de barreira entre a secretária da recepção e a sala de espera, as pessoas sentir-se-iam mais relaxadas...ainda por cima hoje em dia ir ao centro de emprego raramente é sinal de boa vida, boa disposição ou qualquer coisa ligada ao positivismo.
Na biblioteca é um bocadao dificil mudar as coisas sem obras, mas no centro de emprego...ai tivesse eu a coragem de enfrentar a ira da recepcionista ousando pedir-lhe para deixar um recado na caixa de sugestões.....
Vou poupar-vos a mais considerações sobre a morte de Amy Winehouse.
Lamento a morte de alguém tão jovem(mesmo que tenha sido a própria a procurar a morte) e sublinho o facto de, na minha opinião, se ter perdido uma das melhores vozes femininas de sempre.
Parece que, por causa das peregrinações que os neonazis faziam todos os anos à sepultura de Rudolf Hess, os ossos foram levantados, vão ser cremados e vão fazer companhia aos peixinhos (pobres peixinhos que mal terão feito?).
Mas os neonazis que não se preocupem muito. Parece que a Alemanha já arranjou um novo plano para dominar a Europa..Um plano muito melhor que o do Hitler!
Em vez de ir lá pela força das armas a senhorita Merkel vai lá pela força económica. Empresta dinheiro aos Sul europeus que durante anos não se souberam governar. Em troca estes países só têm que governar de acordo com as políticas impostas pela Alemanha e pagar juros muito altos.
Simples e eficaz! Sempre quero ver como isto vai acabar.
A propósito esta história de emprestar dinheiro e cobrar juros muito altos não era umas das coisas que os anti-semitas mais criticavam nos judeus?
Esta semana deixo uma canção dos anos 80. É velhinha mas confesso, é uma daquelas canções que se estou sozinha no carro, me ponho a cantar/desafinar...sim, sim, sim, eu sei que não é um hit glamouroso, mas gosto mesmo disto!
Hoje vai ser provado no conselho de ministros o novo diploma que irá tornar os despedimentos mais baratos. Este mesmo diploma será votado dia 28 e irá entrar em vigor em Setembro.
Não podia ser de outra forma? Se calhar podia mas estes senhores não estão dispostos a ouvir as soluções. Também não estiveram dispostos a ouvir quando há anos alguns diziam que assim não podia ser. que Portugal não estava no rumo certo.
Não ouviram! Continuaram teimosos a fazer as suas politicazinhas europeias. Estão há décadas no poder e agora a culpa é de quem? Pois! Dos portugueses que andaram a viver acima das possibilidades (incentivados pelos bancos que prometiam as facilidades todas e mais algumas)!
E é assim que 37 anos depois se vão desmantelando completamente as conquistas de Abril. E o Zé Povinho fica a assistir na bancada porque "não há outra solução".
Para os poucos que têm coragem de dar a cara, de lutar e de continuar a dizer que assim não pode ser, é como se remar contra a maré ou como pregar no deserto.
Eu até podia dizer aqui muita coisa, descarregar um autêntico testamento sobre repercussões financeiras e emocionais para individuos e para familias por causa daquilo, mas fico-me por uma palavra que resume tudo isso, que abrange tudo isso: Vergonha.