Apanhar azeitona
Bem, caros virtuais leitores deste blog, no passado sábado vi-me imersa num mundo de dor. Não, não ando adepta de clubes ou práticas BDSM.
Mas passo a explicar.
O meu pai decidiu fazer uma coisa rara na minha familia e arranjou uma actividade familiar para nos entretermos no dia 7.
Fomos todos apanhar azeitona. Eu nunca tinha ido, mas já imaginava a ideia...oh puro engano!
O dia amanheceu um pouco frio, mas soalheiro. Enquanto íamos no caminho eu até estava bem disposta e preparada para um dia que justifique a eventual retribuição (leia-se um livro que o meu paizinho me vai ter de comprar), e atrelados a mim e aos meus pais e ao meu irmão iam dois primos meus (de 16 e 12 anos).
Chegámos e a minha missão foi apanhar azeitona do chão. Ohh meu Deus as minhas ricas mãos cheias de picos, cortes, arranhadelas...horror, horror. Tive de andar a sujar-me no campo e a única coisa que me divertia era ouvir as musicas do meu rico mp3 - certamente seria demsiado aborrecido se não o tivesse levado - e o meu pai a ralhar com os putos porque eles acharam ser imensamente alegre atirar azeitona uns aos outros.
Depois de almoço mais do mesmo, mas desta vez o meu irmão rebelou-se (tem 15 anos ainda acha que a conta do banco onde o meu pai deposita dinheiro tem um fundo infinito, enfim...) e pouco se mexeu, fazendo com que os putos mandassem bocas uns aos outros e etc...oh como eu não tenho saudades de ser adolescente!!!
No fim do dia já andava farta de azeitona até aos ossos e as minhas calças pareciam uma pintura abstracta. Já me fartava ver panos estendidos e oliveiras com espinhos no chão onde, teimosamente, as azeitonas caiam e era chato como tudo tirar as ramas dos panos! Que coisa aborrecida!
Assim que chegei a casa, banho e jantar. E fui dormir com a certeza de que, pelo menos, até me tinha safado naquilo.
Ontem acordei...oh tragédia as dores, as dores! O meu rabo e as minhas pernas!!
Sabem aquele dia da primeira aula de educação fisíca a seguir às férias de verão??? Pois, era eu com dores assim, passei o dia a arrastar-me, mal me levantava da cadeira e ainda por cima vieram visitas e o meu priminho de 2 anos aos pulos no meu colo não estava mesmo a ajudar!
É muito giro ajudar, mas ohhh que amargura....
Necas