Um jardim
Costumo entrar no meu trabalho às 16h30 mas ontem tive umas coisas a fazer cedo...ir à biblioteca antes que montes de gente aparecesse para a internet e assim dificultarem a minha visão das estantes à volta delas, ir ao banco e pagar a agua na câmara municipal (porque será que não aderem ao multibanco?) e então despachada eu disto tudo ainda tinha uma hora até precisar de estar no trabalhinho e estava um sol forte, o meu carro - sem ar condicionado - era um forno e não encontrei nenhum lugarzinho à sombra onde o pudesse pôr e ficar lá dentro a ler um bocado...então lembrei-me do jardim, há séculos que lá não passava um bocado.
Fui estancionar o carro num pequeno parque ali perto (que não é muito cheio porque está ao sol quase todo o dia e as coisas mais próximas são um dentista e uma igreja há que dizer) e fui sentar-me num banco de jardim onde o podia ver - há que ter cuidado com possiveis malfazejos.
Pus-me então a ler o meu livrinho (já agora, North and South de Elizabeth Gaskell) e foi realmente uma hora que ali estive e que passou-se bem. À sombra, com os característicos velhotes lá ao fundo na conversa, musiquinha blah a tocar baixo como pano de fundo (lembro-me distintamente de ouvir "as baleias" do Roberto Carlos)...uma brisa/ventinho a tocar na minha pele e na terra..as folhas a arrastarem...muito zen.
Acho que das próximas vezes quero lá saber do sol, vou logo para lá e pronto.
Quem tiver tempos mortos e jardins por perto, é sempre uma boa escolha!
Necas